3 alternativas aos depósitos a prazo

As taxas de juro que os bancos oferecem nos depósitos a prazo têm vindo a cair sucessivamente nos últimos anos, estando já inferior a 1%, longe das taxas superiores a 4,5% de 2011, então os bancos enfrentavam a crise de liquidez. É importante recordar que as mais valias resultantes destes depósitos são taxadas a 28%, o que significa que uma taxa de juro bruta de 1% dá lugar a uma rentabilidade líquida de 0,7%. Por exemplo: um depósito de 10000€ renderá 70€ ao final de um ano. E se considerarmos a taxa de inflação existente, este tipo de depósitos torna-se muito pouco rentáveis.

Por isso, neste artigo vou falar-lhe sobre 3 alternativas de aplicações seguras e mais rentáveis do que os tradicionais depósitos a prazo: certificados de aforro, seguros de capitalização e depósitos indexados.

3 PRODUTOS DE INVESTIMENTO COM CAPITAL GARANTIDO

Certificados de Aforro

Os Certificados de Aforro são produtos de poupança baseados na dívida pública, criados pelo Estado português e destinados aos aforradores particulares. Apresentam um risco quase nulo e liquidez elevada. Assim, ao comprar Certificados de Aforro é como se estivesse a emprestar dinheiro ao Estado, recebendo juros em retorno.

Os Certificados de Aforro têm um prazo máximo de 10 anos a partir da data de subscrição e cada subscrição paga juros com uma periodicidade trimestral. Não é permitido o resgate nos primeiros 3 meses do contrato.

Há prémios de permanência que acrescem à taxa base: 0,5% do 2º ano ao 5º ano e 1% do 6º ano ao 10º ano.

O risco associado aos Certificados de Aforro é quase nulo, porque as suas caraterísticas garantem, pelo menos, o reembolso do capital investido, isto é, até pode não ter retorno, mas nunca sai a perder dinheiro.

A subscrição destes produtos pode ser efetuada nos CTT, ou via online através do AforroNet (Sistema de Subscrições On-line do IGCP). Sendo que o montante mínimo é de 100€ (100 unidades) e o máximo de 250.000€.

 

Seguros de capitalização
Outra alternativa aos depósitos a prazo que tem sido muito incentivada pelas instituições financeiras nos últimos anos, são os seguros de capitalização. Geralmente, funcionam sob a forma de seguro, com uma taxa fixada à partida, ou garantindo uma taxa mínima acrescida de participação nos resultados de um fundo subjacente.

De acordo com a DECO, no último ano, praticamente todos os casos garantem o capital investido. Entre aqueles que permitem a participação nos resultados de um fundo, existem retornos interessantes, com as melhores taxas a rondarem os 4% ao ano.

Apesar destas aplicações gerarem retornos interessantes nos últimos anos e de terem uma fiscalidade vantajosa na hora de resgatar, é preciso ter em atenção as elevadas comissões – de entrega, gestão e resgate antecipado. Ou seja, se investir em seguros de capitalização procure comissões até 1% e invista numa perspetiva de longo prazo.

Quando comparados com os depósitos a prazo, para além de apresentarem taxas de retornos maiores, os seguros de capitalização têm a vantagem de pagar um imposto à saída mais baixo caso mantenha o investimento por mais de cinco ou oito anos. Mas têm a desvantagem, de não terem a garantia de uma entidade externa, isto é, apenas estão protegidos pelas provisões da própria seguradora.

Saiba mais sobre Seguros de Capitalização (AQUI)

 

Depósitos Indexados

Um depósito indexado é um depósito cuja remuneração está associada a evolução doutros instrumentos financeiros, tais como as ações, as taxas de câmbio, entre outros.

A remuneração deste tipo de depósitos será assim influenciada pelas variações dos mercados financeiros e das diferentes variáveis económicas. Desta forma, tanto é possível conseguir uma taxa de rendibilidade dos depósitos indexados superior a 10%, como no limite, obter uma rendibilidade nula. A remuneração dos depósitos indexados só é calculada no final do prazo, após ser conhecida o desempenho das variáveis económicas a que estão associados.

Tal como os depósitos tradicionais, os depósitos indexados estão garantidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos (até 100 000€). Mas, a maioria destes depósitos não permitem o resgate antecipado.

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